terça-feira, 7 de abril de 2015

Sinta-se gratidão pelo que tem!

Raramente pensamos no que temos,
mas sempre no que nos falta

Schopenhauer


Sou uma apologista dos sonhos. É importante a pessoa concretizar pequenos objetivos diários para cumprir o seu propósito de vida. Mas só seremos realmente felizes se valorizarmos o que temos e os sucessos que alcançámos.
Pessoalmente, este ano adquiri o hábito de orar a Deus com mais intensidade que os outros anos anteriores (porque é n’Ele que acredito como entidade superior), a agradecer as coisas boas que tenho. E quando o faço começam a surgir tantas coisas à minha cabeça, como não poderia supor. Só isso já me deixa melhor e cada vez melhor.

E você? Pensa que não tem coisas boas na vida? Não é tão bom ter duas pernas para andar, dois braços para trabalhar, olhos para ver? Provavelmente tem filho(s) maravilhoso(s) e um(a) esposo(a) fantástico(a) ao seu redor. E quantos sucessos que tanto ambicionava já alcançou? Tirar o curso que pretendia, fazer aquela viagem, ter emprego… Se não ficar feliz e grato pelo que tem, toda a felicidade que poderá vir no futuro se dissipará em breves momentos.

Vou deixar-lhe aqui um excerto, onde Harold Abbot descreve um episódio da sua vida, que para mim não é mais que uma verdadeira lição.

««»»

Eis a história de Harold Abbot:Eu vivia cheio de preocupações, (…) quando presenciei uma cena que dissipou todos os meus aborrecimentos. Tudo aconteceu em dez segundos, mas naqueles dez segundos aprendi mais sobre a vida, do que nos dez anos anteriores.

Abrira dois anos antes uma mercearia em Webb City, e não só perdera todas as minhas economias, como contraíra dívidas que levaria sete anos a pagar. A minha mercearia fora fechada no Sábado anterior – e eu dirigia-me, naquele momento, ao «Merchants and Hiners Bank», a fim de solicitar um empréstimo que me permitisse ir para Kansas City à procura de trabalho. Caminhava como um homem derrotado. Perdera toda a minha fé e espírito de luta.

De repente, porém, vi um homem sem pernas, subir a rua. Vinha sentado numa pequena plataforma de madeira, equipada com rodas de patins. Com uma bengala em cada mão, ele próprio se impulsionava pela calçada. Encontrei-o no momento em que acabava de atravessar a rua e procurava subir a guia do passeio.

Ao inclinar a pequena plataforma de madeira, os seus olhos encontraram os meus. E saudou-me com um sorriso cordial. «Bom dia! Que linda manhã, não é verdade?».

Enquanto o olhava, compreendi como eu era feliz. Tinha duas pernas. Podia andar. Envergonhei-me de haver sentido pena de mim, momentos antes. Se aquele homem podia ser feliz, alegre e confiante, eu também o poderia ser, tendo ambas as pernas. Senti o peito a dilatar-se. Tencionava pedir ao Banco cem dólares 
[de notar que este episódio ocorreu nos anos 30, daí que cem dólares tinham mais valor do que têm hoje]. Mas agora levava coragem para pedir duzentos. Era minha intenção dizer que pretendia ir para Kansas City tentar arranjar um emprego. E consegui o empréstimo e a colocação”.

««»»

Dale Carnegie refere que a partir daí colocou um papel no espelho da sua casa-de-banho, onde podia ler todas as manhãs: Eu estava triste, porque não tinha sapatos, até que ao subir a rua encontrei um homem que não tinha pés.

Dá que pensar…

Foto: Google images – autor não identificado

Nenhum comentário: